OGLOBO/VARIOS
MEDIOS
CUBA ENVIA SEGUNDO GRUPO PARA COMBATER EL ÉBOLA
Médico
cubano Gerardo Rodriguez posa antes de viagem à África: 83 profissionais de
saúde serão divididos entre Libéria (49) e Guiné (34)
Da REUTERS
Havana
- Cuba enviou uma segunda leva de profissionais de saúde à África Ocidental
para ajudar a combater o vírus Ebola, informou nesta quarta-feira a imprensa
local.
O
grupo despediu-se na terça-feira à noite do presidente cubano, Raúl Castro, a
quem os médicos disseram que não se preocupasse, pois estão "prontos"
para o que vão encontrar, disse o Granma, jornal oficial do Partido Comunista.
Os
83 profissionais de saúde serão divididos entre Libéria (49) e Guiné (34), e
vão se juntar a outros 165 médicos e enfermeiros cubanos que trabalham há
algumas semanas em Serra Leoa. O novo grupo é formado por 35 médicos e 48
enfermeiros, todos com mais de 15 anos de experiência profissional.
O
anúncio do envio de mais médicos foi feito depois de uma reunião de países
aliados na América Latina, entre eles Cuba e Venezuela, em que foi aprovado, na
segunda-feira, um plano de ação para impedir a propagação do Ebola e ajudar os
países africanos a enfrentarem a doença.
O
vírus do Ebola já deixou mais de 4.500 mortos desde março, principalmente em
Serra Leoa, Libéria e Guiné. Entre as vítimas fatais estão 239 profissionais de
saúde, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Atualmente,
mais de 50.000 profissionais cubanos da área de saúde trabalham em 66 países,
incluindo o Brasil, segundo autoridades da ilha.
OGLOBO/
Médicos cubanos relatam orgulho em participar de missão contra o ebola
Cerca
de 15 mil profissionais se ofereceram participar de trabalho que selecionou 256
profissionais
por
REUTERS
22/10/2014
7:29/Atualizado 22/10/2014 7:46
HAVANA
- Médicos e enfermeiros cubanos que partem para a África Ocidental para
combater o ebola se consideram sortudos. Entre os 15 mil profissionais que se
ofereceram, eles estão entre apenas os 256 que foram selecionados para o
trabalho.
-
Houve brigas, discussões acaloradas, com alguns médicos perguntando: 'Como é
que o meu colega vai e eu não posso? - disse o doutor Adrian Benitez, de 46
anos, nesta terça-feira, poucas horas antes de embarcar para a Libéria.
Apesar
de um alarme global sobre o pior surto de Ebola na história, médicos cubanos
estão ansiosos para viajar à África Ocidental e começar a curar os doentes.
Apelidados
de "Exército de jalecos brancos" e citando uma longa história de
missões médicas cubanas na África e em outros lugares, eles falam de um sentido
de dever e estão dispostos a assumir os riscos.
-
Sabemos que estamos lutando contra algo que não compreendemos totalmente.
Sabemos o que pode acontecer. Sabemos que estamos indo para um ambiente hostil
- disse Leonardo Fernández, de 63 anos. - Mas é nosso dever. É assim que fomos
educados.
O
vírus ebola já matou mais de 4.500 pessoas desde março, a maioria em Serra
Leoa, Guiné e Libéria. Os números incluem mais de 200 trabalhadores da saúde.
Um
total de 165 médicos e enfermeiros cubanos já chegou a Serra Leoa e outros 91
estavam viajando nesta terça-feira para missões de seis meses, sendo 53
destinados à Libéria e 38 a Guiné.
Médicos
cubanos antes de entrevista coletiva em Havana - Franklin Reyes / AP
No
entanto, outros 205 médicos passaram por um curso de formação de três semanas
em Cuba, com extensa prática no uso das vestimentas de proteção, mas ainda têm
de ser autorizados a integrar a missão contra o Ebola.
Trata-se do mais recente exemplo de diplomacia
médica de Cuba. A ilha caribenha já enviou equipes médicas para locais de
desastres em todo o mundo desde a revolução de 1959 que levou Fidel Castro ao
poder.
Não
há cura comprovada para o Ebola, e cerca de metade daqueles que contraem a
doença morre.
Vários
dos médicos repetiram uma frase frequentemente citada dentro da cultura médica
de Cuba: "Nós não oferecemos o que temos de sobra. Nós compartilhamos o
que temos."
-
Somos capazes de compartilhar este pouco que temos quando as pessoas precisam.
É um conceito básico - disse Fernández.
Os
profissionais recrutados para as missões contra o ebola foram submetidos a três
semanas de treinamento no Instituto de Medicina Tropical Pedro Kouri, nos
arredores de Havana, onde os treinadores montaram um hospital de campanha para
simular as condições na África Ocidental.
Caso
médicos ou enfermeiros cubanos contraiam o ebola na África Ocidental, eles
serão tratados em um local especial para os trabalhadores humanitários
internacionais, disse o diretor do Instituto Pedro Kouri, Jorge Perez.
Todos
eles serão mantidos por pelo menos 21 dias em observação no hospital ao retornar
a Cuba, o mesmo tempo que qualquer visitante que vem à ilha dos países afetados
também é submetido.
Apesar
dos riscos e inconvenientes, Ivan Rodríguez, de 50 anos, disse que sua família
estava orgulhosa e o apoiava.
-
Teria ficado desapontado e triste se eles tivessem ficado com medo por eu dar
este passo - disse Rodríguez. - Agora, há 15 mil (voluntários). Estou
convencido de que poderia haver mais de 15 mil.
CORREIOBRAZILIENSE/
EUA saúdam 'oportunidade de colaborar' com Cuba no combate ao Ebola
"Damos
as boas-vindas à oportunidade de colaborar com Cuba no enfrentamento da
epidemia de Ebola. Cuba está dando uma contribuição significativa ao enviar
centenas de trabalhadores de saúde para a África", informou a fonte, que
pediu para ter sua identidade preservada.
WASHINGTON-
O governo americano saudou a possibilidade de trabalhar lado a lado com Cuba
nas operações de combate à epidemia de Ebola, disse nesta terça-feira à AFP uma
fonte do Departamento de Estado.
"Damos
as boas-vindas à oportunidade de colaborar com Cuba no enfrentamento da
epidemia de Ebola. Cuba está dando uma contribuição significativa ao enviar
centenas de trabalhadores de saúde para a África", informou a fonte, que
pediu para ter sua identidade preservada.
O
apelo, feito pelo secretário de Estado americano, John Kerry, a todos os países
que se somem à luta contra o Ebola, e o reconhecimento dos esforços feitos por
Cuba tinham gerado questionamentos sobre a disponibilidade de Washington
trabalhar conjuntamente com Havana.
"Com
essa espírito, o Departamento de Estado está em comunicação com todos os
membros da comunidade internacional, inclusive Cuba, envolvidos neste esforço
global, seja através de canais multilaterais (...) ou por informações
diplomáticas", acrescentou a fonte.
O
presidente cubano, Raúl Castro, abriu na segunda-feira, em Havana, uma reunião
de alto nível, com a presença de chefes de Estado, para analisar o esforço
internacional contra o Ebola, e deixou aberta a porta para trabalhar em
conjunto com os Estados Unidos.
Até
mesmo o ex-presidente Fidel Castro, eterno crítico do poderoso vizinho do
Norte, declarou que "com gosto vamos cooperar com o pessoal
americano" na luta contra o Ebola, em um artigo intitulado "A hora do
dever".
No
entanto, em seu contato com a AFP, a fonte do Departamento de Estado deixou
claro nesta terça-feira que embora Washington tenha dado as boas-vindas à
cooperação com Havana na luta contra o Ebola, uma normalização geral das
relações bilaterais ainda está longe.
"Continuaremos
trabalhando em busca de relações mais construtiva entre os Estados Unidos e
Cuba, de acordo com nossos interesses nacionais, mas há assuntos importantes
que ainda permanecem pendentes entre os dois países", expressou.
Neste
sentido, acrescentou, Washington manterá "trocas francas e respeitosas com
o governo de Cuba; e esperamos pelo dia em que os cubanos possam desfrutar de
direitos humanos e liberdades fundamentais".
A
mesma fonte lembrou que o próprio presidente Barack Obama "disse que os
Estados Unidos devem ser criativos em buscar formas de promover uma mudança
positiva em Cuba".
NOTICIAS MARCANTES/VARIOS MEDIOS
Opinião - O papel impressionante de Cuba no surto de ebola
JE Silva
Cuba
é uma ilha empobrecida que permanece em grande parte isolada do mundo e que
fica a mais de 7.200 quilômetros dos países do oeste da África, onde o ebola
está se espalhando em uma taxa alarmante. Mesmo assim, ao prometer enviar
centenas de profissionais médicos às linhas de frente da pandemia, Cuba
exercerá o papel mais robusto entre os países que buscam conter o vírus. A
contribuição de Cuba visa, sem dúvida, ao menos em parte fortalecer sua posição
internacional sitiada. Mesmo assim, ela deve ser elogiada e copiada. O pânico
global em torno do ebola não provocou a resposta adequada dos países com mais a
oferecer. Apesar dos Estados Unidos e vários outros países ricos ficarem
felizes em fornecer fundos, apenas Cuba e algumas poucas organizações não
governamentais estão oferecendo o que é mais necessário: profissionais médicos
em campo. Os médicos no oeste da África precisam desesperadamente de apoio para
estabelecer instalações de isolamento e mecanismos para detecção precoce dos
casos. Mais de 400 pessoas da área médica foram infectadas e cerca de 4.500
pacientes morreram. O vírus já apareceu nos Estados Unidos e na Europa,
aumentando os temores de que a epidemia possa em breve se tornar uma ameaça
global. É uma vergonha que Washington, o principal doador na luta contra o
ebola, esteja diplomaticamente rompido com Havana, a contribuinte mais
corajosa. Neste caso, o cisma tem consequências de vida ou morte, porque as
autoridades americanas e cubanas não estão equipadas para coordenar os esforços
globais em um alto nível. Isto deveria servir como um lembrete urgente ao
governo Obama de que os benefícios de uma rápida restauração das relações
diplomáticas com Cuba superam em muito os reveses. Os profissionais de saúde
cubanos estarão entre os estrangeiros mais expostos e alguns podem vir a
contrair o vírus. A Organização Mundial da Saúde está dirigindo a equipe de
médicos cubanos, mas permanece não claro como trataria e evacuaria os cubanos
que possam vir a adoecer. O transporte de pacientes em quarentena exige equipes
sofisticadas e aviões especialmente configurados. A maioria das seguradoras que
fornecem serviços de evacuação médica disse que não transportará pacientes com
ebola. –
YAHOO NOTICIAS/VARIOS MEDIOS/
Médicos cubanos sentem orgulho de arriscar vidas em missão contra Ebola
Por
Daniel Trotta
HAVANA (Reuters) - Médicos e enfermeiros
cubanos que partem para a África Ocidental para combater o Ebola se consideram
sortudos. Entre os 15 mil profissionais que se ofereceram, eles estão entre
apenas os 256 que foram selecionados para o trabalho.
"Houve
brigas, discussões acaloradas, com alguns médicos perguntando: 'Como é que o
meu colega vai e eu não posso?'", disse o doutor Adrian Benitez, de 46
anos, nesta terça-feira, poucas horas antes de embarcar para a Libéria.
Apesar
de um alarme global sobre o pior surto de Ebola na história, médicos cubanos
estão ansiosos para viajar à África Ocidental e começar a curar os doentes.
Apelidados
de "Exército de jalecos brancos" e citando uma longa história de
missões médicas cubanas na África e em outros lugares, eles falam de um sentido
de dever e estão dispostos a assumir os riscos.
"Sabemos
que estamos lutando contra algo que não compreendemos totalmente. Sabemos o que
pode acontecer. Sabemos que estamos indo para um ambiente hostil", disse
Leonardo Fernández, de 63 anos. "Mas é nosso dever. É assim que fomos
educados."
O
vírus Ebola já matou mais de 4.500 pessoas desde março, a maioria em Serra
Leoa, Guiné e Libéria. Os números incluem mais de 200 trabalhadores da saúde.
Um
total de 165 médicos e enfermeiros cubanos já chegou a Serra Leoa e outros 91
estavam viajando nesta terça-feira para missões de seis meses, sendo 53
destinados à Libéria e 38 a Guiné.
No
entanto, outros 205 médicos passaram por um curso de formação de três semanas
em Cuba, com extensa prática no uso das vestimentas de proteção, mas ainda têm
de ser autorizados a integrar a missão contra o Ebola.
Trata-se
do mais recente exemplo de diplomacia médica de Cuba. A ilha caribenha já
enviou equipes médicas para locais de desastres em todo o mundo desde a
revolução de 1959 que levou Fidel Castro ao poder.
Não
há cura comprovada para o Ebola, e cerca de metade daqueles que contraem a
doença morre.
Vários
dos médicos repetiram uma frase frequentemente citada dentro da cultura médica
de Cuba: "Nós não oferecemos o que temos de sobra. Nós compartilhamos o
que temos."
"Somos
capazes de compartilhar este pouco que temos quando as pessoas precisam. É um
conceito básico", disse Fernández.
Os
profissionais recrutados para as missões contra o Ebola foram submetidos a três
semanas de treinamento no Instituto de Medicina Tropical Pedro Kouri, nos
arredores de Havana, onde os treinadores montaram um hospital de campanha para
simular as condições na África Ocidental.
Caso
médicos ou enfermeiros cubanos contraiam o Ebola na África Ocidental, eles
serão tratados em um local especial para os trabalhadores humanitários
internacionais, disse o diretor do Instituto Pedro Kouri, Jorge Perez.
Todos
eles serão mantidos por pelo menos 21 dias em observação no hospital ao
retornar a Cuba, o mesmo tempo que qualquer visitante que vem à ilha dos países
afetados também é submetido.
Apesar
dos riscos e inconvenientes, Ivan Rodríguez, de 50 anos, disse que sua família
estava orgulhosa e o apoiava.
"Eu
teria ficado desapontado e triste se eles tivessem ficado com medo por eu dar
este passo", disse Rodríguez. "Agora, há 15 mil (voluntários). Estou
convencido de que poderia haver mais de 15 mil."
EBCNOTICIAS/VARIOS MEDIOS/ESTADAO/ FHOLA DO SP/ JOURNAL DO BRASIL/R7/GLOBO/
EUA se mostram dispostos a colaborar com Cuba na luta contra o ebola
Os
Estados Unidos estão dispostos a colaborar com Cuba na luta internacional
contra o ebola na África Ocidental, segundo confirmou nesta terça-feira à
Agência Efe um porta-voz do Departamento de Estado que preferiu não se identificar.
'Celebramos
a oportunidade de colaborar com Cuba para enfrentar este surto de ebola',
declarou o funcionário americano, que destacou a 'significativa contribuição'
do país caribenho, com o envio de centenas de médicos à África.
O
ex-presidente cubano Fidel Castro ofereceu neste final de semana a Washington a
cooperação de seu país perante a ameaça da doença.
A
porta-voz adjunta do Departamento de Estado, Marie Harf, não descartou na
segunda-feira a possibilidade de uma conversa a respeito entre Estados Unidos e
Cuba, que carecem de relações diplomáticas há mais de meio século, mas disse
desconhecer se o governo americano está aberto a isso.
O
secretário de Estado americano, John Kerry, também já havia elogiado na
sexta-feira passada o esforço de Cuba, um país de 11 milhões de pessoas, que
enviou à região 255 profissionais de saúde.
'Nenhum
país, nem grupo de nações separadamente vai resolver este problema por eles
mesmos. Isto vai requerer uma resposta coletiva global', disse o secretário de
Estado.
'Com
esse espírito, o Departamento de Estado está em comunicação com todos os
membros da comunidade internacional, inclusive Cuba, que participam deste
esforço global através de canais multilaterais, como a Organização Mundial da
Saúde, assim como reuniões diplomáticas', acrescentou o funcionário americano.
MUNDOPOSITIVO/
New York Times elogia ajuda de Cuba para combater o ebola
O
jornal americano New York Times elogiou nesta segunda-feira a impressionante
contribuição de Cuba no combate contra a epidemia de ebola, e pediu que o
presidente Barack Obama aproveita a oportunidade para normalizar as relações
com Havana.
"A
impressionante contribuição de Cuba na luta contra o ebola" é o título da
matéria, que recorda os médicos e enfermeiros enviados aos países da África
afetados pelo Ebola, apesar de seus limitados recursos.
"A
iniciativa do governo cubano sem dúvida faz parte de seus esforços por melhorar
seu status no cenário mundial, mas deve ser aplaudida e imitada",
acrescentou.
O
presidente cubano Raúl Castro inaugurou nesta segunda-feira uma reunião de
cúpula extraordinária da Alba, com a presença de governantes e ministros da
Saúde de 12 países da América Latina e do Caribe e destinada a definir uma açao
contra o ebola na região.
"Uma
terrível epidemia se propagada hoje pelos povos irmãos da África e ameaça a
todos nós", afirmou Raúl na abertura do encontro de um dia.
"Se
esta ameaça não for freada na África Ocidental, pode se converter em uma das
pandemias mais graves da história da humanidade", acrescentou, destacando
que, "pelas veias de nossa América, corre sangue africano".
O
encontro da Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (Alba), que
agrupa países com governos de esquerda, acontece num país que se colocou à
frente da cruzada contra o ebola, com o envio de 165 médicos e enfermeiros a
nações afetadas da África.
Na
terça-feira passada, o líder cubano Fidel Castro elogiou a habilidade
demonstrada pelo New York Times ao pedir ao presidente Obama que levante o
embargo vigente sobre Cuba desde 1962.
"O
artigo (do New York Times) está escrito, como se pode apreciar, com grande
habilidade, buscando o maior benefício para a política americana na complexa
situação, quando os problemas políticos, econômicos, financeiros e comerciais
se somam", afirmou Fidel, de 88 anos, em mais um texto publicado pela
imprensa oficial.
No
editorial "Tempo de Acabar com o Embargo contra Cuba", publicado no
domingo, o jornal americano pede a Obama que "reflita seriamente sobre
Cuba e dê uma guinada na política em relação à ilha, o que poderá representar
um grande triunfo para seu governo".
CEBI/ABNEWS/
NY Times: a impressionante atuação de Cuba contra o ebola
Editorial
do New York Times desse domingo (19) destaca que o envio de profissionais
médicos faz com que Cuba “tenha o papel mais robusto entre os países procurando
conter o vírus ebola”. Segundo o jornal, Cuba possui “uma longa tradição” de
enviar médicos, médicas, enfermeiros e enfermeiras para áreas de desastre em
diversos lugares do mundo, como nos terremotos do Paquistão e do Haiti. Ao citar esse outro país caribenho, o New
York Times reconhece a coragem dos cubanos, relembrando que o estafe médico da
ilha foi quem tomou a dianteira no tratamento de pacientes haitianos com
cólera, com alguns deles retornando doentes ao país – no que resultou no
primeiro surto de cólera em Cuba em mais de 100 anos.
Enquanto
os EUA e outros países ricos se contentam em enviar fundos – com esse primeiro
preferindo inclusive enviar militares –, “apenas Cuba e algumas organizações não
governamentais estão oferecendo aquilo que de fato é mais necessário:
profissionais médicos no campo”.
Quando
duas enfermeiras norte-americanas foram contaminadas com o vírus ebola em um
hospital de Dallas, no Texas, ao tratarem de um paciente que contraiu a doença
na Libéria – sendo esses os dois primeiros casos de ebola em solo estadunidense
–, Fidel Castro ofereceu ajuda ao país vizinho que há 50 anos impõe um bloqueio
comercial à pequena ilha ao sul da Flórida.
Tal
situação já havia acontecido nove anos atrás, após o furacão Katrina ter
destruído a cidade de New Orleans: o governo cubano criou uma unidade médica de
resposta rápida à crise e se ofereceu para enviar seus profissionais à cidade.
“Os EUA, sem surpresa, não aceitaram a oferta de Havana”, lembrou o periódico.
O
editorial afirma ainda que tal situação deveria servir com um “lembrete
urgente” à administração Obama que os “benefícios de restaurar as relações
diplomáticas com Cuba são de longe muito maiores que seus revezes”. Em artigo
publicado no jornal estatal cubano, o Granma, intitulado “A hora do dever”,
Fidel Castro escreveu que ambos os países deveriam colocar de lado suas
diferenças, “ainda que apenas temporariamente, para combater um flagelo mortal”
como o ebola.
EBC/OTROS MEDIOS/
Aliança Bolivariana define plano de ação integrado para enfrentar ebola
Após
a reunião de cúpula em Havana para discutir ações de combate ao ebola, os
países-membros da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (Alba)
definiram um plano de ação integrado com 23 pontos para enfrentar a epidemia
que já matou mais de 4 mil pessoas na África Ocidental. Além de mais de 9 mil
casos registrados em sete países (Libéria, Serra Leoa, Guiné-Conacri, os mais
afetados, e Nigéria, Senegal, Espanha e Estados Unidos).
Os
pontos definidos na reunião de cúpula extraordinária da Alba, que contou com
chefes de Estado e ministros da saúde de 12 países da América Latina e do
Caribe, entre eles Raúl Castro, de Cuba, Nicolás Maduro, da Venezuela, e Evo
Morales, da Bolívia, destacam a preocupação e prioridade do bloco no combate ao
ebola, prevenindo a entrada do vírus na região e atuando com profissionais na
África.
A
prevenção nos países da região será sistematizada por meio da Rede de
Vigilância Epidemiológica da Alba, cuja criação foi acordada durante reunião de
ministros da Saúde do bloco em fevereiro deste ano, em Caracas. Também serão
reforçadas ações de vigilância e controle epidemiológico nas fronteiras,
principalmente nos portos e aeroportos.
O
plano também prevê apoio às equipes médicas voluntárias cubanas, especializadas
no enfrentamento a desastres e grandes epidemias, que trabalham na África.
Depois de ter enviado, no início do mês, 165 médicos e enfermeiros a Serra
Leoa, Cuba mandou hoje mais 91 profissionais
(39 médicos e 48 enfermeiros) para a Libéria e Guiné-Conacri.
“Nesse
sentido, expressamos nossa disposição como Aliança Bolivariana em contribuir
com pessoal de saúde altamente qualificado, para que se somem aos esforços
deste contingente em tarefas que sejam requeridas na região latino-americana e
caribenha”, informa o documento assinado pelo grupo.
Outros
pontos prioritários destacados são o estabelecimento de mecanismos nacionais
para diagnosticar e isolar rapidamente os supostos casos de infecção, levando
em conta os critérios estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e o
esforço para a formação de pessoal de saúde especializado na prevenção e
combate ao ebola nos países da Alba a partir da experiência acumulada.
Nos
dias 29 e 30 de outubro, especialistas e técnicos dos países-membros da Alba
voltam a se reunir na capital cubana para fechar os últimos detalhes do plano
de ação que os ministros da Saúde do bloco devem finalizar até 5 de novembro.
Ontem (20), o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban
Ki-moon, pediu à comunidade internacional para seguir o exemplo da Alba na luta
contra o ebola.
Recentemente,
o governo brasileiro anunciou que enviará mais dez kits de medicamentos e
insumos, suficientes para atender cerca de 5 mil pessoas por três meses, e
ajuda humanitária de R$ 13,5 milhões em alimentos para os três países mais
afetados pela epidemia de ebola: Guiné-Conacri, Serra Leoa e Libéria. Ao todo,
serão enviados, por meio do Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas, 6,4
mil toneladas de arroz beneficiado e 4,6 mil toneladas de feijão.
Anteriormente, o Brasil já havia enviado 14 kits para os três países e doado R$
1 milhão à OMS.
IMPORTANTES MEDIOS/ESTADAO/GLOBO/R7/FHOLA
DO SP/ CORREIOBRAZILIENSE/AGENCIA BRASIL/
ONU destaca empenho de Cuba e da
Venezuela no combate ao ebola
Depois
de o New York Times chamar a atenção do mundo para a impressionante atuação dos
médicos de cubanos contra o ebola, o secretário-geral da ONU Ban Ki-moon exalta
os países da Aliança Bolivariana para os Povos da América
O
secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) apelou hoje (20) à
comunidade internacional para seguir o exemplo da Aliança Bolivariana para os
Povos da América (Alba) na luta contra o ebola, destacando o trabalho desenvolvido
por Cuba e pela Venezuela nesta matéria.
“Exortamos
todos os países a seguir a liderança da Alba, particularmente de Cuba e da
Venezuela, que deram um exemplo louvável com sua rápida resposta de apoio aos
esforços para impedir o avanço do ebola”, escreveu Ban Ki-moon em mensagem
divulgada nesta segunda-feira durante reunião convocada para para discutir a
doença, que já matou milhares de pessoas na África Ocidental.
O
coordenador da ONU para a Luta contra o Ebola, David Navarro, que está em
Havana como enviado especial de Ban Ki-moon, leu a mensagem no início da cúpula
extraordinária, que reúne na capital cubana representantes e mandatários dos
países que integram a Alba.
Os
representantes de Antígua e Barbados, da Bolívia, de Cuba, da República Dominicana,
do Equador, da Nicarágua, de Santa Lúcia, São Vicente e Granadinas, da
Venezuela e do Haiti, na qualidade de convidados permanentes, pretendem
discutir a coordenação da prevenção e da luta contra o ebola. Também estão em
Havana representantes de Granada e de São Cristóvão e Neves, cuja integração à
Alba já foi aprovada.
Na
mensagem, o secretário-geral da ONU ressaltou que o ebola é “um grande problema
global, que exige resposta global maciça e imediata”. Ban Ki-moon elogiou, em
particular, “a resposta extraordinária” das autoridades cubanas, que enviaram
no início deste mês um grupo de 165 médicos e enfermeiros para combater o surto
do vírus ebola em Serra Leoa, um dos países mais afetados.
O
presidente de Cuba, Raúl Castro, informou, durante a cúpula, que 91
profissionais de saúde seguem amanhã (21) para a Libéria e a Guiné-Conacri,
países que também estão enfrentando a epidemia. Ban Ki-moon destacou ainda na
mensagem que o número de profissionais de saúde cubanos mandados por Cuba à
região africana atingida pela epidemia é maior que o enviado pela organização
Médicos sem Fronteiras ou pela Federação Internacional da Cruz Vermelha, pelos
Estados Unidos, pelo Reino Unido e pela China.
Em
mensagem de vídeo, a diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS),
Margaret Chan, disse que a Alba está fazendo “a coisa certa”. Segundo ela,
qualquer país com um aeroporto internacional está em risco ante a crise
“implacável” e “grave”. Margaret Chan alertou que os meios de proteção contra o
vírus são importantes, mas não são “infalíveis” e que é importante prevenir
erros.
De
acordo com a OMS, o ebola já matou, desde o início do ano, 4.500 pessoas e
infectou mais de 9.200.
AVERDADE/
Bloqueio dos EUA tenta asfixiar finanças
cubanas
A
perseguição das transações financeiras cubanas resulta atualmente uma prova da
tentativa do bloqueio estadunidense contra as finanças cubanas, afirma o
relatório à Assembléia Geral de Nações Unidas (ONU).
Por
causa dessa política hostil que já dura mais de 50 anos, a nação caribenha não
tem acesso a créditos de bancos nos Estados Unidos, de seus filiais em
terceiros países e das instituições financeiras internacionais como o Banco
Mundial, o Fundo Monetário Internacional (FMI) ou o Banco Interamericano de
Desenvolvimento.
No
atual cenário internacional são normais e transparentes as relações entre
instituições bancárias, essenciais para garantir fundos que apóiem programas
nacionais encaminhados ao desenvolvimento sustentável da cada país, mas o
bloqueio o impede às instituições cubanas.
De
acordo com autoridades do setor, a esfera das finanças internacionais do país é
um cenários onde pode ser apreciado com maior clareza o alcance do dano
provocado pela escalada norte-americana contra a nação.
Como
reflexo de tais pressões há uma tendência a cada vez mais crescente para o
fechamento de contas de bancos cubanos por parte de entidades financeiras e
bancárias estrangeiras, bem como à limitação de seus negócios com Havana.
A
tais efeitos, as empresas estrangeiras que operavam com ditos bancos terão que
tramitar suas transações pela via de bancos intermediários, com os quais não
necessariamente mantêm contas.
Isso
implica o traspasso ao importador cubano de despesas acrescentadas, por
intermediação na execução das operações.
Tão
é de modo que a eliminação e restrição da prestação de serviços por parte de
bancos co-responsáveis tem conotações financeiras difíceis de quantificar, que
repercutem em um maior custo para os importadores cubanos, obrigados a
modificar suas usuais estruturas de cobranças e pagamentos, realça o texto.
Amparado
nessas medidas restritivas em março deste ano vários meios de imprensa
estadunidenses revelaram que os bancos franceses Societé Generale e Credit
Agricole, estavam sendo pesquisados por manter normais relações com entidades
cubanas.
Nesse
mesmo mês a empresa Enkeli Customer Partner Srl., foi obrigada por BNP Paribas
a fechar as contas bancárias relacionadas com seu trabalho em Cuba.
Posteriormente
BNP-Paribas, o maior banco francês, sofreu uma ofensiva dos reguladores
estadunidenses que lhe impuseram uma multa de quase nove bilhão de dólares por
trabalhar com a nação caribenha, Irã e Sudão.
Ao
anterior acrescenta-se a reiterada e permanente afetação econômica pela
existência de alto risco cambial pelas flutuações das taxas de mudança, ao
proibir-se utilizar o dólar estadunidense como moeda de pagamento e ter que
empregar outras divisas para a cobrança e os pagamentos do país.
Outras
afetações vão direto ao retrocesso tecnológico, demora, insegurança e aumento
dos custos das operações bancárias, por não ter acesso a sistemas informáticos
e serviços bancários norte-americanos e internacionais. De grande conotação
resultou ao cancelamento a um banco cubano, sem prévio aviso, da licença de
Astaro, produto que atua como firewall para a conexão a internet, pois a
licença pertencia a uma empresa européia, que foi absorvida por uma entidade
britânico-norte-americana.
GLOBO/VARIOS MEDIOS/
Mais líderes das Farc estão em Cuba para
diálogo de paz com Colômbia
Segundo
fontes, pelo menos seis líderes foram a Havana.
Governo
colombiano pediu suspensão de mandados de prisão de líderes.
Pelo
menos seis líderes do grupo guerrilheiro Forças Armadas Revolucionárias da
Colômbia (Farc) viajaram para Cuba para se unirem às negociações de paz mantidas
há dois anos com o governo da Colômbia, que suspendeu as operações militares em
três regiões do país para facilitar a partida deles, disseram nesta terça-feira
(22) fontes próximas ao processo de diálogo.
Entre
os líderes das Farc que deixaram o país rumo a Havana está Felix Antonio Muñoz,
conhecido como Pastor Alape, um dos sete membros do secretariado, o principal
órgão de liderança política e militar do grupo rebelde, segundo as fontes.
Com
a chegada de Muñoz estarão em Cuba três membros do secretariado, como parte da
equipe de negociação da guerrilha. Já estão na ilha Iván Márquez e Pablo
Catatumbo.
Viajaram
também para Cuba Carlos Antonio Lozada, segundo no comando do Bloco Oriental, e
Edgar López, conhecido como "Pacho Chino", chefe do Bloco Ocidental,
além de três líderes rebeldes pertencentes a estruturas guerrilheiras do
sudoeste do país.
O
governo do presidente Juan Manuel Santos já havia pedido à Procuradoria Geral
que suspendesse os mandados de prisão de mais de 30 membros das Farc para
facilitar sua ida para a ilha caribenha, onde estão negociando um acordo para
acabar com meio século de um conflito que deixou mais de 200 mil mortos.
Há
duas semanas foi revelado que o mais alto comandante das Farc, Rodrigo Londoño,
esteve por duas vezes em Cuba com seus negociadores, em viagem autorizada pelo
governo colombiano como parte das negociações de paz, embora não tenha
participado da mesa de conversações nem se reunido com representantes de
Santos.
Esta
situação provocou fortes críticas ao governo e ao processo de paz por parte do
ex-presidente Álvaro Uribe, o principal opositor da negociação, que mais uma
vez questionou Santos por suspender as operações militares contra a guerrilha.
GLOBOESPORTE/VARIOS MEDIOS
ESPECIALIZADOS/
Brasil vence a seleção cubana na final e
conquista o Desafio Pan-Americano
Charles
Chibana, Rafaela Silva, Vinicius Panini e David Moura triunfam em suas lutas e
país derrota Cuba por 4 a 1 em competição por equipes mistas em Belo Horizonte
O
Brasil conquistou, nesta terça-feira, em Belo Horizonte, o Desafio
Pan-Americano de judô, competição por equipes mistas, que contou com a
participação de quatro países. Na final, a seleção brasileira derrotou Cuba por
4 a 1, graças às vitórias de Charles Chibana, Rafaela Silva, Vinicius Panini e
David Moura - Bárbara Timo foi a única atleta do Brasil a perder a sua luta na
decisão. Eliminada pelo Brasil na semifinal, nesta segunda-feira, a seleção
canadense faturou o bronze ao derrotar os Estados Unidos também por 4 a 1,
nesta terça.
- É
sempre muito bom estar lutando contra atletas de nível. Hoje enfrentamos
adversárias muito fortes, o que é importante para sabermos onde precisamos
melhorar - afirmou Rafaela Silva, que derrotou Aliuska Martinez.
A
primeira luta da final foi entre Charles Chibana e Anyelo Gomez pela categoria
até 66kg. O brasileiro começou o duelo mais ofensivo. Depois de jogar o cubano
no chão, ele tentou um wazari mais não teve sucesso. Na sequência, Chibana
conseguiu imobilizar Gomez pelo braço e o cubano bateu no chão a 2m55 do fim.
Era o primeiro ponto do Brasil na decisão.
-
Procuro encerrar as minhas lutas o mais rápido possível. Entro para definir, é
característica minha mesmo - comentou Chibana, em entrevista ao SporTV.
Rafaela
Silva venceu Aliuska Ojeda graças a um wazari a 30 segundos do fim (Foto:
Marcio Rodrigues / MPIX)
O
segundo combate foi entre a campeã mundial Rafaela Silva e Aliuska Martinez,
pela categoria até 57kg. Bem nas defesas, Martinez tratou de neutralizar o
maior ímpeto de Rafaela. Com dois minutos de luta, ambas as judocas já tinham
recebido uma advertência. A 30 segundos do fim, a brasileira conseguiu uma
entrada e obteve um wazari, que lhe garantiu a vitória e 2 a 0 para o Brasil.
O
título foi decidido logo na terceira luta, que envolveu o brasileiro Vinicius
Panini e o cubano Jorge Martinez, pela divisão ate 81kg. Demonstrando mais
confiança que o rival, Panini conseguiu um yuko no segundo minuto de combate,
abrindo 1 a 0 na pontuação. A 49 segundos do fim, o brasileiro obteve mais um
yuko praticamente definindo o resultado. Martinez ainda tentou a reação, mais
não havia mais tempo.
Charles
Chibana não deu chances para o cubano Anyelo Gomez (Foto: Marcio Rodrigues /
MPIX)
Apenas
cumprindo tabela, Bárbara Timo enfrentou Onix Cortez pela categoria até 70kg. O
confronto foi equilibrado, com ambas as judocas tendo muitas dificuldades para
conectar golpes. No último minuto, Onix conseguiu um yuko, o suficiente para
garantir a vitória, a única de Cuba na decisão.
Na
última luta da noite, os pesados David Moura e Alex Mendoza fizeram mais um
duelo equilibrado. Os dois primeiros minutos foram complicados para o
brasileiro, que recebeu duas punições contra uma do cubano. Quando a vitória se
encaminhava para o rival, David Moura aplicou um ippon, definindo o confronto
em 4 a 1.
-
Hoje a gente pode comemorar, porque ganhamos com sobras. Sabia que a minha luta
ia ser difícil, entrei cauteloso e preferi deixá-lo cansar para tentar aplicar
o golpe decisivo. Deu certo e estou muito feliz com o resultado - destacou.
NOTICIAS SOBRE MÁS MEDICOS/
SUBRASIL/
Coordenadores de presidenciáveis
divergem sobre “Mais Médicos”
Os
coordenadores dos programas para a saúde da presidente Dilma Rousseff e do
senador Aécio Neves (PSDB) apresentaram neste sábado (18) divergências sobre o
programa Mais Médicos e o aumento do orçamento para o setor.
A
secretária-executiva do Ministério da Saúde, Ana Paula Soter, e o deputado
Marcus Pestana (PSDB-MG) participaram de debate promovido pela Associação
Brasileira de Saúde Coletiva e o Centro Brasileiro de Estudos de Saúde no hotel
Novo Mundo, no Flamengo, zona sul do Rio.
Pestana
considera o programa Mais Médicos “insustentável” por não garantir a
permanência dos médicos, em sua maioria cubanos, nos postos para onde foram
alocados.
“O
Mais Médicos é um grande mito, que não é sustentável no longo prazo. Os cubanos
vão voltar para casa algum dia, não vão? Não é possível que tenhamos levado 26
anos para descobrir que a panaceia é importar médico cubano”, disse o tucano.
Soter
afirmou que o programa permitiu acesso a atenção básica a 50 milhões de pessoas
e, por esse motivo, “já é aprovado pela sociedade”. Ela disse que o programa
prevê também mais 11 mil vagas em universidades de Medicina e 12 mil para
residências médicas para atender a demanda futura.
“Às
vezes a solução oportuna, na hora que a população precisa, não é estruturadora.
Mas não dava para esperar abrir cursos de Medicina enquanto a população adoecia
e morria. Porém o programa Mais Médicos é mais do que os 14 mil médicos
colocados nos municípios de maior vulnerabilidade”, disse a
secretária-executiva.
Pestana
disse ainda que Aécio se comprometeu a destinar 10% da receita bruta em saúde
caso seja eleito. Ele afirmou que a medida vai ampliar em R$ 50 bilhões o
orçamento do setor.
“Melhora,
mas ainda assim não é suficiente”, reconheceu o deputado. Ele disse que o setor
precisa de cerca de R$ 600 bilhões por ano, enquanto recebe atualmente R$ 200
bilhões.
Soter disse que a presidente reconhece a
necessidade de mais recursos para o setor, mas afirma que não pode se
comprometer com o percentual por não existir receitas novas.
Segundo
ela, a participação da saúde no orçamento vai aumentar na medida em que os
royalties do pré-sal começarem a ser arrecadados –por lei, 25% desses recursos
têm essa destinação definida. Ela ironizou o fato do PSDB assumir o
compromisso.
“Teria
que tirar de alguma outra área. Tirar do Bolsa Família, talvez, para quem está
se colocando como candidato e pensa em mudar algumas das políticas sociais.”
Os
dois, contudo, se uniram na defesa das organizações sociais para a gestão de
unidades de saúde. Entidades de classe criticam o modelo por não valorizar o
servidor público –os médicos são contratados por terceirização com salários
melhores do que os concursados.
Pestana
disse haver “preconceito ideológico” das entidades de classe. Soter afirmou que
o modelo é previsto na Constituição.
MARCIOGIL (BLOG)
A Farsa dos Médicos Cubanos
Rubens
Mário Mazzini Rodrigues
Muita
coisa tem sido dita a respeito da ideia de trazer médicos formados em Cuba para
preencher uma suposta falta de médicos no Brasil ou para prover atendimento
médico em locais onde os médicos Brasileiros "não querem trabalhar".
Infelizmente vem sendo feita uma campanha de desinformação com o objetivo de
fazer a população acreditar que esta é uma "boa ideia". Portanto, é
importante que as pessoas sejam esclarecidas sobre as reais motivações que
estão por trás desta medida, sendo que, a última preocupação desta proposta é a
preocupação com a saúde dos Brasileiros.
Alguns
Dados da História:
Há
muitos anos alguns vem sendo condicionados a acreditar que a Revolução Cubana
foi um ato heroico promovido por pessoas idealistas como Fidel Castro e Che
Guevara. A partir daí se criou uma mitologia de que o Regime Cubano seria um
exemplo a ser seguido no Brasil. Muitos participantes dos movimentos de
esquerda que foram combatidos pelo regime militar na década de 70 foram
treinados em Cuba. É importante esclarecer que estes movimentos, ditos
Revolucionários, eram anti-democráticos e tinham o objetivo de implantar no
Brasil uma ditadura comunista semelhante à de Fidel Castro em Cuba. Alguns
destes revolucionários são hoje membros do PT e do governo do PT e seus
aliados: José Genoíno, José Dirceu, Dilma Roussef, etc. Outros são sindicalistas
aliciados e iludidos pela ideologia comunista, como é o caso de Luiz Inácio
Lula da Silva. Muitos dos intelectuais, inclusive alguns que participaram de
atos revolucionários, que autenticamente se deixaram iludir com as supostas
motivações humanistas destes movimentos já estão afastados do PT: Marina Silva,
Luciana Genro, Hélio Bicudo, Fernando Gabeira. Também escritores, músicos e
outras pessoas ligadas à área cultural se deixaram envolver por algum tempo ou
até por tempo de mais, com José Saramago, que ao saber da notícia de
fuzilamento de presos políticos, em 2007, declarou: "Até aqui
cheguei".
Cuba
é exemplo para o Brasil?
O
regime cubano é uma das mais sanguinárias e longas (mais de 50 anos) ditaduras
da história. Aqueles que conseguiram fugir do inferno cubano e não precisam
mais temer a represália do regime relatam fatos impressionantes sobre a frieza
de Che. Foram centenas de execuções assinadas em poucos meses, e Che gostava de
assisti-las de sua janela. Em algumas ele pessoalmente puxou o gatilho. Ao que
tudo indica, Che parecia deleitar-se com a carnificina. Até mulheres grávidas
foram executadas no paredão comandado por Che. Nada disso consta nas biografias
escritas por aqueles que utilizam o próprio Fidel Castro como fonte. Algo como falar
de Hitler usando apenas os relatos de Goebbels. A ignorância acerca destes
fatos explica parte da idolatria a Che Guevara.
Os
cidadãos de Cuba não têm o direito de ir e vir. Não têm a opção de viver em
outro lugar. Pessoas que se opõe ao regime ou que tentam deixar o país são
presas e, em passado não muito distante, muitas foram executadas ou morrem de
fome nas prisões. Isto transforma a ilha de Cuba no maior campo de concentração
jamais existente na história. O artigo 215 do Código Penal de Cuba pune
tentativas de saída do território nacional sem a autorização prévia do governo
com até oito anos de prisão. Se algum cidadão tenta levar alguma embarcação ou
aeronave para escapar – o que é necessário, já que todas são propriedade do
Estado e estão estritamente controladas – a pena é elevada a vinte anos de
cadeia ou à morte. Ao longo de décadas, milhares de cubanos têm sido
aprisionados, em condições horríveis, devido a esses assim chamados “crimes”.
Ainda hoje, conhecem-se vários presos políticos que cumprem longas sentenças
por tentarem escapar de sua pátria.A população Cubana vive em condição de
miserabilidade e depressão, embora não lhe falte o mínimo para sobreviver,
garantido pelo governo, enquanto os irmãos Castro e a elite do governo vive em
condições de primeiro mundo.
Existem
hospitais diferenciados para o povo e a elite. Existe comércio livre em Cuba,
mas é voltado apenas para os turistas e os membros do "partido único"
(suprema ironia dos regimes comunistas totalitários, pois, "partido"
quer dizer justamente "parte" e não "todo"), pois nestes
estabelecimentos só é possível comprar com dólares. Em resumo, o que existe em
Cuba é um Capitalismo de Estado, no qual os membros do governo são os únicos a
possuir privilégios que são vedados à população.Cuba não é um paraíso
socialista. Quem vai à Cuba a turismo pode presenciar o verdadeiro apartheid
turístico que sofre a população cubana, que é proibida de frequentar praias
turísticas, de entrar em hotéis, restaurantes e até mesmo em cidades inteiras,
como ocorre em Varadero e Cayo Coco. Some-se à isso que muitos serviços estão
reservados apenas aos estrangeiros, como o acesso à internet e a possibilidade
de comprar certos medicamentos e ter tratamentos específicos nas clínicas
internacionais.
Enquanto
isto a elite política cubana vive em condições de vida semelhante às classes
mais privilegiadas dos países capitalistas. Fidel e sua família vivem
nababescamente. A fortuna pessoal de Fidel Castro é calculada em 900 milhões de
dólares, o que supera a de muitas realezas da Europa. Fidel possui inúmeras e
enormes propriedade em Cuba, a principal fica no chamado "marco
zero", um complexo de 45 residências, onde seus filhos e netos são
obrigados
a viver, sendo proibidos de morar em outro lugar em Cuba e de sair de Cuba, não
conhecem o resto do mundo, justamente para não terem a tentação de querer
deixar Cuba. Lula conhece muito bem como vive Fidel, pois o tem visitado
inúmeras vezes e, muito provavelmente, tem as mesmas aspirações para si mesmo e
seus partidários. Como é possível que depois de 54 anos de opressão, tirania,
abusos, torturas e excessos contra um povo indefeso, existam líderes eleitos
democraticamente que estejam dispostos a trair seu povo e a querer copiar tal
sistema abjeto?
Os
Médicos Cubanos
A
principal faculdade de medicina de Cuba fica na ELAM, Escolas de Las Américas,
que forma os médicos destinados a atender a elite cubana. Mas não são aí que
são formados os chamados "médicos internacionalistas" que são
formados aos milhares por "cursos de formação acelerada". Do
contrário, como seria possível Cuba exportar médicos aos milhares?. A população
de Cuba é semelhante à do Rio Grande do Sul. As cerca de dez faculdades de
medicina do RS formam em torno de mil médicos por ano. A formação destes "médicos
internacionalistas" cubanos equivale à de um enfermeiro no resto do mundo.
Quem afirma isto é o Ministro da Saúde o Paraguai. Equivalem aos chamados
"médicos de pé-no-chão", formados na África para atuar em situações
de pobreza extrema. São preparados para dar assistência primária: fazer
curativos, aplicar injeções, realizar pequenas cirurgias, tratar doenças
básicas como gripes e resfriados, ferimentos, etc. Como forma de propaganda do
regime, Cuba tem oferecido bolsas de estudo para os países favoráveis ao regime
(Venezuela, Brasil, Bolívia), com um detalhe, estas bolsas só podem ser
concedidas a membros dos partidos políticos dos governos que apoiam Cuba. Em
função disto, em 2006 o PT abriu seleção para candidatos a estas bolsas para
estudar medicina em Cuba exclusivamente para membros do PT e seus familiares ou
amigos. Não foi um concurso aberto. Os beneficiados com estas bolsas, filhos de
deputados, vereadores, senadores petistas e outros filiados, se formaram em
2012 e querem voltar para o Brasil, mas não conseguem ser aprova dos no exame
Revalida. A solução foi criar a farsa da importação de médicos cubanos com a
desculpa de suprir postos de trabalho que os médicos brasileiros não querem
ocupar. Para isto seria necessária a licença automática para estes médicos
atuarem no Brasil sem prova revalidação de diploma. Obviamente estes postos não
serão ocupados pelos filhos do PT, mas pelos internacionalistas, os filhos do
PT certamente serão alocados em excelentes empregos dentro do próprio governo.
Os
pré-requisitos definidos por Cuba (os dois primeiros) e pelo PT (os dois
últimos) para participar da pré-seleção são:
-
ter no máximo 25 anos no momento de iniciar o processo seletivo;
-
ter concluído o ensino médio (ou equivalente), com obrigatoriedade das matérias
de Biologia, Física e Química em todos os anos;
-
ter estudado todo o período escolar em escola pública;
-
ter no mínimo 2 (dois) anos de filiação partidária e apresentar carta de
recomendação de instância partidária, ou seja, setorial, diretório ou comissão
executiva de âmbito municipal, estadual ou nacional. Esclarecemos que não se
trata de recomendação de um membro da instância, mas sim recomendação aprovada
em reunião da instância partidária.
Para
que Cuba "ceda" estes médicos os governos dos países simpatizantes ao
regime precisam pagar uma certa quantia ao regime de Fidel, ou seja, é uma
forma de financiar a elite do regime ditatorial de Cuba, que não tem outras
formas de obter recursos em dólar. Em resumo, os "médicos
internacionalistas" cubanos são uma espécie de mão de obra escrava cedida
na forma de mercadoria. Após dois anos de prestação de serviços em outros
países devem voltar a Cuba. Para garantir isto, suas famílias são mantidas em
Cuba como reféns. Para todo cidadão de Cuba qualquer oportunidade para sair da
ilha presídio é uma chance de ouro. Qualquer remuneração ou estilo de vida é
melhor do que podem levar em Cuba. O salário de um médico em Cuba é equivalente
a 20,00 dólares, pouco mais do que 40,00 reais. O mundo inteiro sabe que Cuba exporta
escravos para trabalhar em outros países. O esquema é simples. O profissional
recebe um salário de fome no país onde trabalha, enquanto o governo paga a
diferença diretamente aos Castro. É o que acontece na Venezuela. É o que vai
acontecer no Brasil, se importarmos médicos cubanos. Cuba não faz caridade.
Cuba é o mais capitalista dos países na hora de usar seres humanos como
escravos para suprir os seus problemas de caixa. O governo cubano cobra U$ 11,4
mil por mês por médico cedido ao governo chavista. No entanto, estes médicos
recebem apenas U$ 230 mensais na Venezuela, mais uma ajuda de U$ 46 dólares
para a família, paga diretamente em Cuba. São 45 mil médicos que geram uma
receita anual para a ditadura dos Castro de cerca de U$ 4,5 bilhões por ano. Se
fosse no Brasil, ao dólar de hoje, cada médico cubano custaria R$ 23 mil
mensais, mas ficaria com o equivalente a um salário mínimo por mês.
O
Revalida
Todo
país que se presa possui uma prova de Revalidação de Diploma para médicos
estrangeiros que queiram atuar no país, no Brasil esta prova se chama Revalida,
que é uma prova de conhecimentos mínimos. Menos de 11% dos médicos cubanos
conseguem ser aprovados nesta prova. Dos 182 médicos formados em Cuba, que
fizeram o Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos em 2012, apenas 20
(10,98%) foram aprovados. São o pior grupo. Dos 26 não cubanos de língua
espanhola, foram aprovados cinco (19,15%); Dos oito portugueses foram aprovados
três (37%).
Faltam
Médicos no Brasil?
Não.
O Brasil não precisa importar médicos. Existem hoje no Brasil cerca de 350.000
médicos (1 medico para cada 543 habitantes).
Numero até por demais, suficiente, ou melhor, excedente segundo a
Organização Mundial de Saúde (OMS) que aconselha 1(um) profissional da medicina
para cada 1000 (mil) habitantes. E atualmente o Brasil forma 16,5 mil médicos
por ano em 183 escolas, destas 79 publicas (48 federais, 24 estaduais e 7
municipais) e 104 privadas.O que nos falta é infraestrutura básica:
ambulatórios, hospitais, profissionais paramédicos, equipamentos, medicamentos
e material básico, falta desde gaze, esparadrapo, seringas, antissépticos,
esfigmomanômetros (para medir a pressão), estetoscópios, até aparelhos de
raio-X e laboratórios de análises clínicas, mesmo para realizar um simples hemograma.
Ou seja, mesmo que muito bem pago, um médico sozinho em certas regiões do
Brasil sem investimentos básicos de saúde não pode fazer praticamente nada, nem
sequer curativos ou aplicar injeções e curativos. E porque não em vez de
aumentar o numero de diplomados anualmente, aproveitar esse grande contingente
que está anualmente se graduando e os
colegas que já estão ai trabalhando, a maioria atendendo precariamente no
Programa de Saúde Familiar (PSF) criado pelo Ministério da Saúde em 1994? São 14.770 postos inseridos no PSF com muita
“fartura”, porque em muitos deles “fartam” médicos, enfermeiros, auxiliar de
enfermagem, agentes de saúde, equipamentos básicos, materiais para curativo,
remédios etc.
Depoimento
de um Médico Brasileiro formado em Cuba com diploma revalidado regularmente:
"Sou
médico brasileiro formado em Cuba, revalidei meu diploma como manda a lei.
Trabalhei durante alguns anos em pequenas cidades do nordeste brasileiro, agora
vivo e trabalho em São Paulo. É impossível exercer a medicina no interior do
país sem revoltar-se com as condições de trabalho, hospitais sucateados, postos
de saúde precários, falta de exames, sem contar com a instabilidade de emprego,
se mudar o prefeito pode pegar sua mala e procurar outra cidade pra morar. Ficar
de cara com a corrupção nestes lugares é degradante, prefiro ganhar menos e
trabalhar com dignidade em grandes centros. O povo e leigos no assunto acham
que um médico fará muita diferença nestes casos. A vinda de médicos
estrangeiros deve acontecer dentro da lei, com diplomas revalidados, de
qualquer nacionalidade, porém nenhum medico enfrentará essa árdua tarefa para
se submeter a penúria que é trabalhar no interior. A verdade é que o principal
interesse deste assunto aos prefeitos e ao governo federal é puramente
eleitoreiro, dar um falso ar de melhoria a saúde sucateada e jogada ao lixo –
grande pedra no sapato do governo Dilma."
Manipulação de Estatísticas:
A
"impressionante" mortalidade infantil cubana é mantida
artificialmente baixa pelas trapaças estatísticas do Partido Comunista e por
uma taxa de aborto verdadeiramente pavorosa: 0,71 abortos para cada feto
nascido vivo. Essa é, de longe, a taxa
mais alta do hemisfério. Em Cuba,
qualquer gestação que sequer insinue alguma complicação é "terminada".
Também
digno de nota, de acordo com a Associação dos Médicos e Cirurgiões Americanos,
a taxa de mortalidade das crianças cubanas com idade entre um e quatro anos é
34% maior do que a dos EUA (11,8 versus 8,8 por 1.000). Mas estes números - por uma questão de
critério - não figuram nas notórias "taxas de mortalidade infantil"
da ONU e da Organização Mundial de Saúde.
Portanto, não há pressão sobre os médicos cubanos para que eles
falsifiquem esses números - por enquanto.
Em
abril de 2001, o Dr. Juan Felipe García, de Jacksonville, Flórida, entrevistou
vários médicos que haviam desertado recentemente de Cuba. Baseado no que ouviu, ele declarou o
seguinte: "Os números oficiais da mortalidade infantil de Cuba são uma
farsa. Os pediatras cubanos constantemente
falsificam os números a pedido do regime.
Se um bebê morre durante seu primeiro ano de vida, os médicos declaram
que ele era mais velho. Caso contrário,
tal lapso pode custar-lhe severas punições, além do seu emprego."
Raízes da Farsa:
No Brasil, o PT tem feitos esses esforços pelo
menos desde 1999, quando o partido começou a distribuir bolsas de estudo na
ELAM para seus filiados. Em 2003, assim que assumiu a presidência, Lula assinou
o “Protocolo de Intenções na área de saúde, educação e trabalho entre Brasil e
Cuba”, com o objetivo de estabelecer “as condições necessárias para o
reconhecimento recíproco dos diplomas de graduação e de pós-graduação stricto
sensu na área da saúde”, obedecendo às diretrizes do Foro de São Paulo. No
mesmo ano, o PT enviou ao Congresso o projeto de lei 65-A/2003, que proibia a
abertura de novas escolas de medicina e a expansão de vagas nos cursos já
existentes, alegando que no Brasil havia médicos demais.
Em
2006, Lula celebrou outro acordo com Fidel Castro para garantir a validação dos
diplomas dos médicos formados em Cuba, enviando ao Congresso Nacional uma
mensagem em que pedia a aprovação do acordo em regime de urgência. Em 2012, o
governo anunciou um corte de R$ 5,4 bilhões no orçamento do Ministério da
Saúde, e alguns meses depois Dilma criou a MP 568/12, que previa a redução de
50% nos salários dos médicos federais. A medida, cujo efeito seria esvaziar a
área de saúde na esfera federal, afetava 48 mil servidores. A classe médica
conseguiu impedir algumas dessas manobras e agora se tornou o bode-expiatório
da esquerda, sendo responsabilizada pelos “comissários do povo” por todas as
mazelas nacionais, internacionais, naturais, supernaturais, passadas, presentes
e futuras.
O
que se vê são duas frentes de uma mesma estratégia: a administração ordenada do
caos na saúde pública e a criação de justificativas para a importação de
médicos cubanos em massa. Essa política, claramente nociva aos interesses
nacionais, nada tem a ver com a saúde dos brasileiros e atende somente os
objetivos políticos do Foro de São Paulo, do qual nosso governo é um membro
zeloso e obediente.

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