Cesar Fonseca em 14/06/2014

Maradona, do ponto de vista do caráter, está na frente de Pelé, dos candidatos da oposição e do técnico Felipão. Ele considerou totalmente absurda a manifestação machista de um punhado de torcedores-oposicionistas endinheirados que dos camarotes do novo Estádio do Corinthians, agrediram a Presidenta da República com palavras de baixo calão. Cães espumando. O ódio da elite se manifestou contra quem está querendo tirar dela um pouco para minimizar a desigualdade social vigente no Brasil. O astro argentino, cuja posição política, de esquerda, de apoio aos governos nacionalistas que emergiram na América do Sul, nos últimos dez anos, é conhecida, deu uma lição de moral, de verdadeira cidadania aos brasileiros, na abertura da Copa do Mundo. Não suportou a violência verbal de uma parte da torcida, ligada à elite paulista, contra a titular do Planalto, na tentativa de desmoraliza-la. Enquanto Pelé, o maior jogador do mundo, até agora, ficou calado diante dessa ignomínia praticada por pessoas, dentre as quais se encontravam jornalistas da grande mídia, acintosamente, hoje, transformada em partido político, a serviço dos que os financiam, a oposição e seu discurso de ajuste fiscal anti-social, incomodados com a ascensão social dos mais pobres e redução da desigualdade de rendas na escala econômico e financeira nacional, o astro argentino demonstrou a sua consciência cidadã sulamericana libertária. Chamou às falas uma sociedade que está dominada pela oligopolização midiática, praticante do anti-jornalismo, a serviço dos interesses financeiros especulativos que sangram os mais pobres para promover a acumulação dos mais ricos. Não pode haver o contraponto no campo de futebol, pois, afinal, os mais pobres, os que estão sendo beneficiados pela política social do governo não tiveram acesso ao jogo cujo custo dos ingressos se tornou proibitivo. Por que Dilma não distribuiu cotas de ingressos para os mais pobres. Teria tido a sua torcida cativa para responder à elite que tentou desmoralizada, mas acabou por condenar a si mesma. Maradona colocou o rei nu no palco.
A elite paulista,
a mais rica do
Brasil, revelou,
no Itaquerão,

Pecou pela omissão. Nesse momento, Felipão é a voz mais autorizada do Brasil para ponderar junto aos torcedores para que sejam democráticos e respeitosos, sem cair nas raias do absurdo, como fizeram torcedores da elite fascista paulista. Teria ganhado a admiração e o respeito mundiais.
É uma vergonha que Felipão não tenha dado sua opinião sobre o comportamento de uma parte da torcida brasileira, dizem, que da elite de São Paulo, alojada,entre outros lugares, no camarote do Banco Itaú, que banca propaganda da seleção canarinha.
Não seria interpretada opinião dele como algo de natureza política, mas de educação, de civilidade e de cidadania.
Naquela hora, Felipe, vamos dizer assim, era a voz moral e ética do Brasil, quem teria o cacife da razoabilidade para chamar às falas o excesso de exagero e de falta de educação dos mal educados, num gesto inadmissível, como destacou o craque Maradona.
Também é vergonhoso que os candidatos da oposição tenham se mantido de bico calado.
Aécio Neves, do PSDB, e Eduardo Santos, covardemente, compactuaram com a agressão absurda.
sua verdadeira
aversão à política
social, praticada
pela presidenta

O personagem brasileiro mais conhecido do mundo, o que tem levado as cores nacionais aos mais distantes rincões, o responsável por mostrar ao mundo a arte brasileira, não se sensibilizou o suficiente para dar um puxão de orelha nos mal educados torcedores e torcedoras que se comportaram vergonhosamente. O rei não foi rei na hora H.
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