LISANDRA FARIÑAS ACOSTA
A quarta brigada de médicos cubanos que prestará serviços na República Federativa de Brasil irmã como parte do programa Mais Médicos e conformada por dois mil profissionais, foi alvo de despedida em ato oficial nesta segunda-feira, 27, na Unidade Central de Cooperação Médica na capital do país.
A QUARTA BRIGADA DE MÉDICOS QUE PRESTARÁ SERVIÇOS NO BRASIL ESTÁ INTEGRADA POR DOIS MIL PROFISSIONAIS. FOTO: JUVENAL BALÁN
Cuba, que já aporta sua colaboração médica em 66 países, respondeu ao chamado internacional que fez a presidenta Dilma Rousseff em 2013 a governos para a colaboração em serviços médicos.
No ano passado partiram para o Brasil os primeiros 400 médicos em agosto, outros 2 mil em outubro e 3 mil em novembro. Entre janeiro e março deste ano deverão chegar ao Brasil outros 6 mil médicos até completar a cifra de 11.400 especialistas em Medicina Geral Integral, com experiência em missões anteriores.
O gigante sulamericano conta com um sistema de saúde que dotou a nação de uma sólida infra-estrutura em todas as regiões. No entanto, faltavam médicos em muitas das unidades básicas de atenção existentes.
A ocasião serviu ademais de cenário para a assinatura de uma carta de intenção entre os ministérios de Cuba e do Brasil e o Grupo das Indústrias Biotecnológicas e Farmacêuticas BIOCUBAFARMA, que estabelece as bases de cooperação para a inovação e desenvolvimento conjunto de biofármacos, desde as primeiras etapas da investigação até a possibilidade de fabricar produtos biofarmacêuticos em ambos os países.
A implementação destes acordos, firmados por Alexandre Padilha e Roberto Ojeda, titulares da Saúde do Brasil e Cuba respectivamente, e por José Luis Yero, presidente da BIOCUBAFARMA, facilitará o acesso das empresas de ambos os países às tecnologias desenvolvidas assim como as coberturas das necessidades de saúde de suas populações.
Outrossim, foi firmada uma folha de intenções entre a empresa brasileira Odebrecht e a empresa cubana CIMAB D.A. para a constituição de uma empresa mista cubano-brasileira na Zona Especial de Desenvolvimento de Mariel, com o objetivo de fomentar a produção industrial de anti-corpos monoclonais terapêuticos inovadores e conhecidos, utilizando tecnologia cubana e capital brasileiro.
Dita produção contribuirá para satisfazer as demandas que para estes medicamentos têm ambos os países e gerar exportações conjuntas para outros mercados.
Firmaran estes acordos pela parte cubana o doutor Agustín Lage, diretor do Centro de Imunologia Molecular e pelo Brasil, Mauro Augusto da Silva, representante superintendente da Odebrecht.
Alexandre Padilha agradeceu em nome do povo do Brasil e da presidenta Dilma os médicos cubanos que já atenderam mais de 3 milhões de brasileiros.
Ressaltou que uma grande quantidade de povos indígenas não possuía assistência médica em seu país. “O apoio de Cuba é uma grande demonstração de humanismo”, disse.
Por su parte, o ministro cubano Roberto Ojeda ratificou que Cuba não oferece o que lhe sobra e sim compartilha o que tem a um tempo em que sublinhou a importância dos acordos firmados. "O programa Mais Médicos prioriza a atenção primária de saúde e pretende dar 100 % de cobertura nas zonas mais pobres e de difícil acesso", destacou Ojeda.
No ato, os médicos cubanos ratificaram o compromisso de continuar seu trabalho solidário para o benefício de cada ser humano necessitado, sem distinção alguma.
O doutor Eduardo Ojeda Timoneda, especialista em Medicina Geral Integral, com mais de 27 anos de experiência laboral e fundador do contingente internacionalista Henry Reeve, recebeu a bandeira deste quarto grupo de médicos.

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